Vox Patriae

Julho 28 2009

Interessante e pertinente artigo de Pedro Rodrigues, presidente da Juventude Social Democrata, publicado no Semanário Económico.

 

Porque não é muito comum ver os líderes das juventudes partidárias portuguesas a reflectir sobre a sociedade desta forma, deixo, aqui, o registo do artigo:

 

Os nossos pais e avós viveram num sistema societário assente numa ética de sacrifício. Os nossos irmãos mais velhos viviam para o sucesso e para a competição egoísta. Os dois modelos fracassaram!

O dos nossos pais e avós porque o sacrifício não traz verdadeira felicidade e castra a autonomia das pessoas sob o jugo de um Estado paternalista ou de oligarquia corporativa auto-perpetuante. No dos nossos irmãos mais velhos o egoísmo da suposta meritocracia, pervertida pelos abusos do mercado isolou uns, marginalizou outros, ampliando, assim, as desigualdades sociais. Ambos conduziram a uma sociedade que, ainda que com crescimento económico, se mostrou desequilibrada, injusta e económica e socialmente sub-óptima.

No dos nossos irmãos mais velhos o egoísmo da suposta meritocracia, pervertida pelos abusos do mercado isolou uns, marginalizou outros, ampliando, assim, as desigualdades sociais.
Acredito que em 2015 viveremos numa sociedade com um modelo distinto, assente num novo quadro de valores, centrado no propósito essencial de garantir o bem-estar global, universal e inter-geracional.

Ao contrário do modelo de sociedade actualmente vigente no qual o princípio basilar é a competição desensenfreada e cega, ou o modelo anterior, no qual pontificava a ética do sacrifício, o modelo de sociedade com que sonho para 2015 deverá ser construído num regime de cooperação suportado simultaneamente na responsabilidade e autonomia. A cooperação, a autonomia e a responsabilidade são estes os vértices de uma nova Nova Narrativa Social que cumpre instaurar.

A cooperação é um sistema de organização e interacção social e produção económica que se mostra capaz de juntar o melhor dos sistemas igualitários e de competição, permitindo, conforme já vários casos tem demonstrado, realizar uma sociedade com mais eficiência económica, justiça social, autonomia cívica e cultural.

A autonomia concretiza-se em igualdade de oportunidades, numa cultura crítica e democrática, uma democracia real e liberdade de iniciativa e de organização das pessoas e dos grupos.
A responsabilidade envolve deveres para o próprio e para com os outros, num equilíbrio permanente entre solidariedade e exigência. A implementação do novo modelo de sociedade exige aos políticos uma Nova Atitude.

A política terá de ser norteada por regras de transparência, publicidade e avaliação consequente, sendo a qualidade, mérito, credibilidade e competência considerados pressupostos para intervenção pública e não, como actualmente, qualidades em vias de extinção.

Os intervenientes na acção política terão como prioridades as reais preocupações, anseios e desafios do país, ao invés do que hoje sucede, verificando-se um desajustamento preocupante entre o seu discurso e o que sentem os cidadãos.

Os portugueses participarão na construção das alternativas politicas forma livre, aberta e transparente, coincidindo assim o discurso político com as reais necessidades sentidas pelos portugueses.

É esta a sociedade com que sonho!

 

Pedro Rodrigues

Presidente da JSD

publicado por André S. Machado às 19:14

Julho 27 2009

 

Sou um fã incondicional de José Cid!

Tenho grande parte dos trabalhos do "tio" cá por casa e sempre que tenho oportunidade, tento ao máximo estar presente em parte dos seus concertos.

A admiração que tenho pela "mãe do rock português", como o intitularam, dava para escrever umas boas linhas, mas hoje quero sublinhar o contributo de José Cid para a música portuguesa...

 

Após anos de afastamento dos grandes palcos, José Cid voltou com mais força que nunca, em 2007.

Podia retomar a sua carreira, gravar umas colectâneas e fazer mais uns trocos, bons trocos. Podia, mas não o fez: Quando se prepara para lançar mais um trabalho de originais, em Outubro, não deixa de apoiar colegas seus, com imensa qualidade:

Zé Perdigão e Amadeu Magalhães são presenças constantes nos seus concertos: O primeiro, jovem fadista, enorme valor em ascensão; o segundo, um artista genuinamente português que toca desde o cavaquinho ao bandolim.

 

É muito bom ver que há bons músicos portugueses que se vão revelando. Melhor ainda é ver que artistas conceituados e consagrados, como José Cid, estão dispostos a apoiar estes talentos e a apostar neles.

Obrigado, Zé!

publicado por André S. Machado às 21:00

Julho 27 2009

... saio de casa para beber um café.

Setúbal está deserta. Dois ou três cafés abertos até um pouco mais tarde. Uma noite de Verão em que não se vislumbra vivalma, pelas ruas.

Há algo de errado com esta cidade. Aliás, está muita coisa errada nesta cidade!

 

Porém, como diz o outro, "há males que vêm por bem": Assim que cheguei a casa, há pouco, ao ligar a televisão, vi que estava a dar um dos meus filmes preferidos, uma obra-prima! O Advogado do Diabo!

Excelente forma de terminar um Domingo. Uma interpretação fantástica de um dos melhores actores norte-americanos, Al Pacino, a liderar excelentes prestações de Keanu Reeves e Charlize Theron, também.

publicado por André S. Machado às 02:56

Julho 26 2009

A Tradição regressa, hoje à televisão pública!

 

António Telles, Rui Fernandes, Luis Rouxinol, Marco Bastinhas, João Salgueiro e Isabel Ramos vão disputar o prémio "Casa de Pessoal RTP" para a melhor lide. Que bom espectáculo nos espera!

 

É bom ver tourada na televisão. Assim se prova que nenhum fundamentalismo pode calar uma tradição tão profunda como a tauromaquia!

publicado por André S. Machado às 17:24

Julho 25 2009

2009 é ano de feira raiana, em Idanha-a-Nova!

Um certame que se centra no património cultural da região da Beira e une tradições portuguesas e espanholas,  numa união que tem dado frutuosos resultados, ao longo dos últimos anos.

 

Este ano, já disse o Presidente da Câmara de Idanha, Eng. Álvaro Rocha, que não vai haver tourada, durante a feira. Como?

Uma feira raiana sem tourada... Teremos, assim, uma reunião de tradição portuguesa e espanhola, sem um dos momentos mais importantes da feira!

Desculpas de incompatibilidades de calendário não servem... A tradição cumpre-se ou não se cumpre! Vá, que ainda se vai a tempo.

Por favor, Sr. Presidente, não nos tire a tourada da Feira Raiana!

publicado por André S. Machado às 03:03

Julho 25 2009

Acompanho o projecto Parlamento Global, da SIC, Expresso e Rádio Renascença, desde o seu início.

Ao longo do tempo, foi introduzindo novas formas de transmitir o que se passa na "casa mãe da democracia". A biografia dos deputados, em vídeo, apresentada pessoalmente por cada um deles, foi, à altura, algo que considerei notável.

Agora, surge um novo desafio: a campanha eleitoral! Como será que o Parlamento Global vai encarar o período de campanha? O palco do debate político vai deixar de ser em S. Bento... Vai ser nas ruas e nos mercados.

 

Tenho a certeza que farão um óptimo trabalho. Original, como sempre.

publicado por André S. Machado às 02:26

Julho 25 2009

 

Hoje, durante todo o serão, estive a ouvir a discografia toda que para aqui tenho, de Mariza.

 

O Fado é a canção nacional, algo indissociável da grande maioria das nossas tradições. É, enquanto manifestação cultural, um dos nossos principais símbolos, bandeiras e orgulhos nacionais.

Uns mais conservadores, podem não gostar muito de Mariza. Eu acho que é uma interpretação diferente, sim, mas uma interpretação com que o Fado e a Cultura portuguesa ganham e se elevam!

Numa altura como estas, em que o país se depara com tantos problemas e dificuldades, em que as divisões se tornam mais acérrimas, nas campanhas eleitorais, é sempre importante recordar que há sempre algo que nos une e que nos agrega numa mesma alma, numa mesma Pátria, num mesmo propósito.

 

Ouça-se o Gente da Minha Terra e sinta-se isso mesmo!

 

Bom fim-de-semana!

publicado por André S. Machado às 01:42

Julho 25 2009

 

Depois de 5 semanas de programa, comecei a seguir desde segunda-feira.

Um conceito interessante, mais ligeiro que o habitual. O ideal para a hora.

Um painel de convidados muito apelativo... Hoje, Teresa Caeiro e Alberta Marques Fernandes. Outro estilo, mais descontraído a que os convidados aderem.

A seguir...

publicado por André S. Machado às 01:19

Julho 24 2009

 

Há, por aí, uma grande discussão sobre uma proposta do PSD-Madeira, liderado por Alberto João Jardim, relativa à revisão constitucional que decorrerá no início da próxima legislatura.

 

A confusão e o rebuliço são motivados por um excerto do documento que refere que à proibição de práticas e ideologias fascistas deve ser acrescentada a proibição do comunismo. A proposta, no seu espírito, não pretende proíbir o comunismo. Faz notar, isso sim, que regimes totalitários podem ser de Direita e de Esquerda. Nesse sentido, compreendo o ponto e reconheço que se deve pensar no assunto.

Porém, penso que a solução não passa por qualquer proibição e, nessa perspectiva, discordo da proposta. Simplesmente, o nº4 do art. 46º da Constituição da República Portuguesa tem de desaparecer.

Numa Democracia a legitimidade está no povo e no voto, enquanto expressão da vontade colectiva. As eleições ganham-se nas urnas e não com proíbições e artigos para aqui e para acolá. Ou somos uma verdadeira Democracia, para todos, ou somos uma pequena democracia, para alguns.

Está na hora de Portugal dar esse passo, para a sua própria maturidade democrática.

 

Mas a proposta do PSD-Madeira não é apenas isto... As principais alterações propostas são relativas à autonomia regional. Sobre essas propostas pouco tenho a dizer.

Porém, sobre isso, a Comunicação Social já não se apressa a fazer grande alaridos... Ou não interessa, nuns casos, ou já não conseguem diabolizar tanto Alberto João Jardim, que diga-se, não se importa de desempenhar o papel que lhe dão. Muitas vezes, com bom humor.

 

Outros pontos poderiam gerar uma interessante discussão:

1. Ao contrário do defendido, penso que a designação de Portugal como Estado Unitário Regional deve ser mantida. A existência de regiões autónomas não invalide uma unidade nacional íntima, em todas as dimensões. Nesse sentido, a designação é adequada. Portugal é continente e ilhas! Lato sensu é uma cultura que ultrapassa fronteiras e continentes e, nessa perspectiva, uma alusão ao Mundo Lusófona também se justificaria.

Estado Unitário, enquanto Nação unida e homogénea, faz sentido;

2. Uma superioridade hierárquica dos Estatutos Políticos Regionais e a sua transformação em autênticas "Constituições Regionais" não são, também, uma proposta que me motive especial simpatia. A autonomia regional em nada perde com o actual sistema. Os EPARA´s já têm uma força normativa suficiente para uma autonomia plena da Madeira e dos Açores;

3. Discordo, também, da eliminação do critério de importância regional em sede de poder de iniciativa legislativa das Assembleias Legislativas Regionais. Só faz sentido haver poder de iniciativa legislativa estadual para matérias que incidam no contexto das regiões autónomas;

4. No que ao poder local diz respeito, o debate tem outra profundidade e terá de ser desenvolvido noutra perspectiva mas concordo, em pleno, com as propostas de parlamentarização do sistema de governo das autarquias locais e com a eliminação das organizações de moradores. As últimas, resquícios de um período revolucionário que já lá vai, felizmente.

publicado por André S. Machado às 03:21

Julho 24 2009

 

Manuel Alegre despediu-se, hoje, em plenário, da Assembleia da República, orgão de soberania nacional a que pertenceu durante 34 anos.

 

Em política estou bem afastado de Alegre. Nada que me impeça, porém, de lhe reconhecer o papel importante que desempenha, nestes tantos anos em que nos representa, na Câmara legislativa da Nação.

De literatura não estou habilitado a fazer qualquer tipo de apreciação, mas o facto de haver tantos trabalhos académicos, a nível internacional, sobre a sua obra, diz mais do que qualquer coisa que aqui eu poderia escrever.

 

Não sou o maior admirador de Alegre, mas fica o reconhecimento a alguém em quem mais de um milhão de portugueses votaram para nosso presidente.

Uma consciência livre... Será talvez a definição que melhor encontro.

 

publicado por André S. Machado às 02:31

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