A entrada em vigor do novo Acordo Ortográfico,a partir de amanhã, marca o início de um verdadeiro atentado à língua portuguesa!
A língua de um povo é mais que uma característica: é uma marca, um símbolo, mas mais que isso é algo que agrega todos numa identidade comum.
A língua modifica-se e evolui, é certo, mas esse fenómeno dá-se per se, naturalmente. Não é a lei ou qualquer acordo que vai alterar algo de tão forte como a centralidade da comunicação entre as pessoas. Por isso, por muitos acordos que hajam e por muitos atentados ortográficos que surgirão nos jornais e revistas, as pessoas vão continuar a escrever da mesma forma e apenas alterarão essa mesma forma quando, pelo natural evoluir das coisas, a língua se modificar a ela própria.
A língua portuguesa é o símbolo de uma nacionalidade, de uma identidade e de uma cultura espalhada pelos cinco continentes. Portugal, pela sua história, tem o dever de lutar pela preservação de uma língua falada por muitos milhões de seres humanos.
Por tudo isto, subscrevo todas as acções populares, petições, debates, manifestações que se levantem contra este acordo ortográfico.
Preocupante é ver o povo português assistir, impávido e sereno a este atentado e quase não se mobilizar por algo que é tanto seu como a sua terra. Há que fazer acordar as pessoas!
Hoje, um dia antes da década de 10, sinto-me desapontado. A partir de amanhã, talvez só por pirraça, voltarei a escrever "pharmácia"!