Vox Patriae

Março 20 2010

Frederico Garcia Lorca (5 de Junho 1898 - 19 de Agosto 1936)

 

Todas as coisas têm o seu mistério e a poesia é o mistério de todas as coisas

 

Há coisa encerradas dentro dos muros que, se saissem de repente para a rua  gritassem, encheriam o mundo

 

Como não me preocupei com o nascer, não me preocupo com o morrer

publicado por André S. Machado às 00:14

Março 19 2010

 

Soube que vai decorrer, em Idanha-a-Nova, uma actividade de formação específica para contabilistas, técnicos oficiais de contas e profissionais da área da contabilidade e afins.

Esta iniciativa, por muito direccionada que seja, fez-me reflectir no quanto é importante desenvolver estes esforços, de forma a atrair pessoas para o concelho e para a região. É uma oportunidade única de promover a imagem de Idanha, ao mesmo tempo que se formam os quadros locais.

 

A aposta neste tipo de iniciativas, formativas ou de outro género, dotam a região de uma visibilidade interessante, atraem pessoas e personalidades de renome, formam quadros profissionais ou sociais locais... No fundo, há um enorme conjunto de vantagens que se retiram deste tipo de eventos e seu agendamento para a nossa terra. É um investimento que vale a pena, sem dúvida.

publicado por André S. Machado às 00:57

Março 13 2010

Rudyard Kipling (30 de Dezembro 1865 - 18 de Janeiro 1936)

 

Não há prazer comparável ao de encontrar um velho amigo, a não ser o de fazer um novo

 

Tenho seis regras que me ensinaram tudo o que sei: O quê? Porquê? Quando? Como? Onde? e Quem?

 

As palavras são a mais poderosa droga utilizada pela humanidade

 

A muilher mais idiota pode dominar um sábio; mas é preciso uma mulher extremamente sábia para dominar um idiota

 

Nunca cometi um erro na minha vida; pelo menos um que, mais tarde, não conseguisse explicar

 

NOTA: Esta semana o Vox Patriae esteve desactualizado, por motivos de minha indisponibilidade total, numa semana em que muita coisa se juntou. Espero voltar à postagem regular quanto antes.

publicado por André S. Machado às 00:12

Março 06 2010

Franz Kafka (3 de Julho 1883 - 3 de Junho 1924)

 

Talvez haja apenas um pecado capital: A impaciência. Devido à impaciência fomos expulsos do paraído; devido à impaciência não podemos lá voltar

 

Crer-se no progresso não significa que tenha tido lugar algum progresso

 

Existe uma meta mas não há caminho; o que chamamos de caminho não passa de hesitação

 

A partir de certo ponto não há retorno; este é o ponto que é preciso alcançar

publicado por André S. Machado às 19:19

Março 03 2010

A classe política portuguesa de hoje foi formada, em boa parte, no associativismo académico de uma época em que os corpos estudantis, de Lisboa e Coimbra especialmente, tinham uma dimensão política significativa, num país que se transformava e se adaptava à democracia. Nos dias que correm, a larga maioria de todos nós, estudantes universitários, nascemos e sempre vivemos em democracia. A isto acrescenta-se um cada vez maior desinteresse da parte dos mais jovens na participação cívica e política, sendo que tal fenómeno tem uma natural repercussão no associativismo estudantil. Todavia, o papel das associações de estudantes não é menor que há trinta anos atrás: se por um lado muitas batalhas já foram travadas e vencidas, por outro lado há muitos desafios que se colocam às Academias, neste início de século. Neste sentido, aqueles que dirigem e os que se propõe dirigir associações de estudantes, muitas vezes com um peso histórico significativo como o que têm as associações académicas da Faculdade de Direito de Lisboa ou Coimbra, devem ter presente a dimensão da responsabilidade que acarreta liderar o movimento estudantil.

 
A associação académica é o que o aluno tem de mais próximo para a sua participação política no seio da Escola e da comunidade; chega a ser, muitas vezes, o meio primordial para a realização política do estudante universitário. Apenas isto é suficiente para demonstrar a essencialidade de ter, no seio dos quadros dirigentes, colegas que tenham noção da responsabilidade do exercício dos cargos que ocupam e, mais que isso, colegas que pelo seu trabalho e desempenho junto dos pares sejam exemplo de dedicação à causa académica. A avaliação de um líder estudantil assenta, assim, em três linhas fundamentais: perfil, projecto e liderança.
 
O perfil de um líder é algo que transcende, em muito, o objecto deste artigo, sendo mote de estudos e muita obra publicada. Na Academia, o líder tem de ser alguém, antes de mais, que se identifique, seja identificável e incorpore a identidade da Escola e dos alunos; tem de ser alguém que esteja disponível para todos os colegas a qualquer momento, estando ao seu lado em qualquer circunstância; tem de ser alguém que se assuma como modelo de comportamento e forma de estar, pautando-se por princípios de transparência e abnegação pela causa académica; tem de ser alguém com bagagem política, no sentido de conhecer a fundo a realidade da Academia e estar pronto para qualquer eventualidade; tem de ser alguém, principalmente, que pela sua própria personalidade seja visto por todos como um exemplo e (muito, muito importante) inspire confiança aos seus pares, pelo trabalho que realiza ou se propõe realizar.
 
O projecto é algo que um líder estudantil constrói no seu processo de afirmação. O projecto prende-se, tão só, como a visão que se tem da Academia, o conhecimento profundo dos problemas, com associação directa a propostas concretas e ambiciosas: O projecto é a estrutura de pensamento político na tripla vertente de conhecimento da instituição e desafios que se lhe colocam (numa escala de prioridades), de propostas substanciais para todas as áreas numa perspectiva ambiciosa e realizável, e de visão de futuro, assente em ideias sólidas para a afirmação da associação interna e externamente.
 
A liderança, por fim, é como que a união dos dois aspectos referidos, numa esfera de realidades que se afirmam como autênticos pilares de qualquer empreendimento: uma equipa, uma ambição, uma estratégia, uma organização e uma confiança. A equipa, reunião de todos aqueles que comungam o mesmo projecto e visão para a instituição, construída com base na preparação, dedicação e motivação dos seus membros, e sobre valores de lealdade entre pares, transparência nas atitudes e respeito pela causa que se propõe defender. A ambição, no sentido de união do corpo estudantil em torno de objectivos de relevo. A estratégia, enquanto linhas de acção para a prossecução dos objectivos propostos. A organização, como estrutura de conjugação eficaz entre as várias áreas da associação e os próprios membros da equipa. Por fim, a confiança dos estudantes, como base fundamental de toda esta construção: A legitimidade de qualquer dirigente e, em especial, de um líder, reside na vontade e no superior interesse dos alunos e daqui decorre que só com a segurança da confiança filial dos pares, alguém consegue alcançar grandes feitos.
 
Liderar uma massa estudantil, um corpo significativo de pessoas que se preparam para uma vida inteira e que criam, neste momento da sua vida, as bases do seu futuro, é uma responsabilidade cujo peso só pode ser suportado por quem reúna a capacidade de liderança que emana da reunião dos aspectos apresentados em cima. Por isso, releva o papel das eleições, do voto dos nossos pares, enquanto manifestação da confiança dos estudantes num projecto e numa liderança. Neste sentido, importa salientar que aqui, como na vida, há que respeitar pressupostos éticos: de respeito pelos adversários, de verdade e substância nos argumentos, de transparência nas atitudes, de exposição clara e leal de propostas. Tenho o gigantesco privilégio de viver uma experiência incomparável no meu percurso de vida, na Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa e, quando se parte para eleições numa organização com os quase cem anos da AAFDL, sente-se a dimensão da história, da estrutura e das próprias pessoas que fazem da Faculdade de Direito aquilo que é. Afirmo a minha profunda convicção de que no berço de tantos líderes do país, consigamos todos ser exemplos de liderança, porque quero acreditar que quem lidera ou se propõe liderar sente tanto ou mais que eu toda esta responsabilidade que extravasa, em muito, os mais de três mil alunos da instituição, encontrando raízes na fundação da república e na construção do Portugal político do séc. XXI.
 

Publicado em RGA - Expresso Online

publicado por André S. Machado às 13:11

Março 01 2010

Escreve o Público (Aqui) que pais e professores portugueses reclamam mais apoios para o ensino especial, profundamente alterado pelo último governo. Por vezes, quando se quer alterar qualquer coisa, é responsável dar um passo de cada vez e reformas abruptas resultam, muitas vezes, nisto: Onde se quer promover a igualdade, criam-se desigualdades e, em certos casos, dificuldades sérias de desenvolvimento.

 

Este assunto é algo que me diz muito, por ter crescido ao lado de muitas crianças deficientes ou com dificuldades educativas sérias, que a minha mãe, pela sua formação académica e actividade profissional teve de acompanhar, num trabalho que conheço e reconheço de enorme esforço, dedicação e paciência.

A escola tem de ser inclusiva, com certeza. Não se compreende como se podem concentrar todas as crianças deficientes num estabelecimento, criando, tantas vezes, graves transtornos aos pais ou encarregados de educação. Não se compreende, também, como estas crianças são tantas vezes acompanhadas por professores sem formação específica que, mesmo com a imensa boa vontade, não estão munidos dos instrumentos necessários para lidar com esta realidade.

Uma verdadeira reforma, inclusiva e promotora da igualdade, deve sublinhar o papel do professor e relevar a sua formação; deve afastar-se de paternalismos bacocos e apostar no trabalho pessoal da criança em conjunto com o seu professor; deve, sobretudo, estar inserida na cada vez mais urgente reforma global do sistema educativo, só conseguida através de uma concertação profunda entre Legislador, professores, alunos, forças sociais e sociedade civil.

publicado por André S. Machado às 16:43

Março 01 2010

 

Há pouco ouvia o Presidente da República, que deu o seu alto patrocínio a uma acção de solidariedade da SIC, falar aos portugueses agradecendo a solidariedade que todos protagonizam num momento como é o que a Região Autónoma da Madeira e os madeirenses vivem.

 

Não só refiro como sublinho e enfatizo as palavras do Presidente. De facto, face a uma catástrofe de dimensões imemoráveis, na Madeira, o povo português acorreu aos seus compatriotas, num altruísmo que sempre caracterizou e continua a definir-nos. Apenas em linhas telefónicas e contributos mínimos de 50 cêntimos, foram reunidos bem mais de meio milhão de euros, num espaço de horas, creio eu. É incrível como uma ocasião tão infeliz como foi a tempestade na Madeira pode ser dínamo do melhor que o Ser Humano pode protagonizar.

 

Hoje, pelo que vejo que está a ser (bem) feito na ilha, pelo altruísmo dos meus compatriotas e por toda uma união nacional em torno da ajuda aos que sofre, sinto um enorme orgulho em ser mais um no meio de dez milhões de pessoas extraordinárias.

publicado por André S. Machado às 02:19

Março 01 2010

 

Assisti, há minutos, ao último "As escolhas de Marcelo". Habituei-me, desde cedo, a seguir o comentário político do Professor de quem este ano, tenho a honra de ser aluno. Ao domingo, a seguir ao telejornal, faltar-me-á algo. Foi sempre uma opinião que gostei de ouvir sobre os mais variados acontecimentos nacionais: pela perspicácia, pela oportunidade, mas sobretudo pela astúcia e capacidade de ver muito além daquilo que se nos aparece, à primeira vista.

 

O Prof. Rebelo de Sousa goza de uma popularidade imensa junto dos portugueses e a sua dimensão mediática torna o seu comentário político num acontecimento político, que marca a agenda nacional. A sua saída da TVI e as circunstâncias que a envolveram foram mote de uma dissolução parlamentar e esta recente saída da RTP ainda vai dar que falar. Esta dimensão política não se ganha do dia para a noite: é resultado, isso sim, de uma construção de simpatia, afabilidade e proximidade com o público que está ao alcance dos melhores comunicadores.

 

Tendo o privilégio de ser seu aluno e de, enquanto dirigente associativo, ter algum contacto com o Professor, permito-me considerar que a RTP perde um espaço muito relevante e que os portugueses se vêem, a partir de hoje, privados de uma visão única sobre o estado e o futuro do país.

publicado por André S. Machado às 01:56

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