Vox Patriae

Outubro 31 2010
... a primeira grande iniciativa do Centro de Excelência Jean Monnet da Universidade de Lisboa: O Curso Interdisciplinar de Especialização "O Tratado de Lisboa: A Refundação da União Europeia". Entre Novembro de 2010 e Janeiro de 2011 passarão pela Faculdade de Direito, todas as quintas e sextas-feiras, nomes de enorme relevo no Direito da União Europeia e nas mais variadas áreas: Desde o Prof. Fausto de Quadros (Coordenador do Centro e do Curso) até ao Dr. António Vitorino, passado pelos mais destacados professores da casa e por nomes como Vlad Constatinesco, Rudolf Streinz, Viriato Soromenho-Marques, Manuel Porto, José de Freitas Ferraz, entre tantos outros.
Um primeiro momento de um Centro que é o reconhecimento da vocação europeísta da Universidade de Lisboa e da sua Faculdade de Direito, em particular, do Prof. Fausto de Quadros, figura de proa do Direito da União Europeia e grande dinamizador do Centro, enquanto seu Coordenador. Quinta-Feira lá estarei, para a primeira aula, justamente a cargo do Professor.
publicado por André S. Machado às 21:11

Outubro 31 2010

 

No fim-de-semana em que a Liga Portuguesa Contra o Cancro está na rua, no seu peditório anual, importa recordar o relevantíssimo papel que a instituição desempenha na sensibilização e na prevenção de um flagelo que ceifa a vida de milhares de portugueses, cada ano que passa. Por motivos familiares é algo que me toca especialmente. Bom trabalho a todos os voluntários. Tenho a certeza que, mesmo em tempo de crise, os portugueses não colocarão de lado essa característica que tanto os identifica: a solidariedade.

publicado por André S. Machado às 21:01

Outubro 30 2010

 

Termino hoje o longo jejum de Blogosfera para escrever, sempre com gosto especial, sobre a região de Idanha-a-Nova, em que me encontro por estes dias, aproveitando o fim-de-semana prolongado.

 

Escrevo sobre boas notícias que, em tempos de crise, escasseiam e muitas vezes passam despercebidas. A Cooperativa de Queijos da Beira Baixa arrematou dois prémios e um segundo lugar num importante concurso a nível nacional. Um reconhecimento que surge no momento em que se efectiva um investimento na ordem dos 600 mil euros, numa produção tradicional que se identifica com a cultura gastronómica do concelho de Idanha e com a região da Beira Baixa. Esta notícia, num período em que apenas se fala em "recessão", "défice" e outros termos do género, é motivo de alegria, ainda para mais numa região com tanta necessidade de empreendedorismo e de espírito de iniciativa empresarial. É o interior a dar o exemplo, quando todo o país caminha para dias ainda mais difíceis.

 

Entretanto, Idanha está por todo o lado na comunicação social por um homicídio de estranhas circunstâncias em que alguns meios aproveitam para (sejamos francos) ridicularizar algumas pessoas e situações. Não tenho acompanhado o processo e não me interessa muito, para ser sincero. O que eu sei é que Idanha dá muitos exemplos de vitalidade e de aposta nas suas potencialidades, como foi o recentemente organizado Festival do Casqueiro em Idanha-a-Velha, e apenas merece atenção dos media quando algo de mais caricato acontece, num concelho que, por norma, não pode ser mais tranquilo. São as chamadas "opções jornalísticas". Respeito, mas enfim...

publicado por André S. Machado às 21:14

Outubro 05 2010

 

Foi hoje, no centenário da implantação da República, inaugurado o novo Centro de Investigação da Fundação Champalimaud para o Desconhecido. Foi a pérola do dia: A partir de hoje, Portugal e Lisboa contam com um organismo de vanguarda na investigação científica na área da medicina, que reunirá os melhores especialistas mundias, como é o caso de James Watson que ainda hoje usou da palavra para destacar a relevância deste investimento. Parabéns à Fundação a à Dr.ª Leonor Beleza. Portugal deve estar honrado por ter cidadãos como foi Champalimaud e como são as pessoas que hoje dirigem a fundação com o seu nome.

publicado por André S. Machado às 22:55

Outubro 04 2010

O Ensino Superior português conhece, hoje, muitos e importantes desafios. Desde o financiamento e acção social aos modelos de governação das instituições muitas são as temáticas que são discutidas por estes dias. Matérias que, recentemente, estiveram em debate em Roma, na conferência internacional “Europe Through Students Eyes”, promovida pela rede UNICA, em que participaram a Universidade de Lisboa e a Universidade Nova de Lisboa, através das suas federações académicas. Uma conferência em que se falou desde a mobilidade ao papel das universidades na sociedade contemporânea, passado pelo novo paradigma das universidades verdes. Uma experiência única para quem teve, como eu, a oportunidade de participar e dar um pouco de si para os trabalhos de um colóquio em que foi redigida e divulgada a Declaração de Roma.

 

Com efeito, a internacionalização das instituições de ensino superior, nas suas diversas vertentes, assume-se como um relativamente novo desafio, um campo onde ainda há muito que percorrer e muito trabalho para ser feito: a questão dos ECTS e do seu reconhecimento; as plataformas de comunicação entre universidades europeias; a cooperação coordenada com países fora da Europa; os programas de mobilidade e a concertação das instituições no reconhecimento de créditos e cadeiras feitas ao seu abrigo… Um campo muito vasto de matérias que começam a surgir a uma velocidade alucinante e que requerem, além de muito trabalho, uma rápida adaptação das estruturas representativas dos estudantes e das próprias lideranças das instituições. Hoje, aos desafios internos / nacionais juntam-se os novos desafios internacionais e à Universidade do séc. XXI exige-se a vontade e a capacidade de os enfrentar com confiança.

 

Por outro lado, se a internacionalização surge como um autêntico desafio em que muito há por fazer; por essa mesma razão assume-se como uma enorme oportunidade para as instituições. A Academia cultiva o conhecimento e, por essa via, não conhece fronteiras. E se a Academia não conhece fronteiras, porque vão as Universidades conhecer? Um espaço europeu de ensino superior, com plena mobilidade de estudantes, professores e investigadores, com plataformas de comunicação estreitas, com programas de cooperação concertados, com ligação ao mercado de trabalho à escala continental. São metas ambiciosas, mas nunca inatingíveis. Arrisco-me afirmar que basta vontade das lideranças e uma profunda reflexão ao nível europeu para chegar a estratégias sólidas para o alcance destes muitos objectivos.

 

Não quero deixar de sublinhar, também, que no decorrer da conferência da UNICA pude constatar que a comunidade académica portuguesa esteve representada ao mais alto nível. Em todos os fóruns e painéis foram dirigentes portugueses que se destacaram e assumiram, com naturalidade, liderança nos debates. Num país que muitas vezes se pauta pelo pessimismo, fiquei orgulhoso de pertencer a uma geração de estudantes / dirigentes que conhecem a fundo a realidade das suas instituições e do seu país, que são ambiciosos nas metas que traçam para a Europa e que, mais importante, têm propostas estratégicas para as alcançar. Se considerarmos que este tipo de iniciativas ganha um teor quase para-diplomático, atrevo-me afirmar que a representação nacional esteve nas melhores mãos.

 

Não posso deixar de concluir, desta forma, que se são muitos os desafios que se apresentam ao Ensino Superior português no que diz respeito à sua internacionalização, são também significativas as oportunidades que surgem num campo onde quase tudo pode ser construído de raiz. Permito-me, até, considerar, que não nos faltam recursos para enfrentar esses desafios e agarrar essas oportunidades, sobretudo recursos humanos. Basta motivar e dinamizar. Os estudantes já mostraram que estão disponíveis para esse esforço e, mais importante, que têm vontade e capacidade para o protagonizar.

 

Publicado em RGA - Expresso Online

publicado por André S. Machado às 21:44

Outubro 04 2010

Foi com profunda tristeza que recebi, através desta nota da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa a notícia da morte da Prof.ª Doutora Paula Escarameia. Ainda há um ano trocava e-mails com a professora, na expectativa do Seminário sobre Carreira Diplomática e Organizações Internacionais que organizei, em Novembro de 2009. Partiu a única portuguesa que fez parte do Comité de Direito Internacional das Nações Unidas, partiu uma excelente professora (pelo que me contam, pois nunca tive o prazer de ser seu aluno), partiu alguém que (e isso posso testemunhar) gostava imenso daquilo que fazia e sempre esteve disponível para ajudar os alunos da sua casa e os estudantes em geral.

 

Descanse em paz.

publicado por André S. Machado às 21:37

Um blog de André S. Machado
Outubro 2010
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2

3
4
5
6
7
8
9

10
11
12
13
14
15
16

17
18
19
20
21
22
23

24
25
26
27
28
29



Ligações
Pesquisa
 
subscrever feeds
blogs SAPO