Os jogos dos oitavos de final do Campeonato Mundial de Futebol de ontem (Argentina vs México e Alemanha vs Inglaterra) foram marcados pela polémica em torno das arbitragens. Para mim, os resultados são indiscutíveis, face ao desempenho das equipas que passaram aos Quartos de Final (Argentina e Inglaterra). Todavia, tais vitórias ficarão sempre manchadas por erros crassos de arbitragem, em seu favor.
A Argentina beneficiou de um golo marcado em claro fora-de-jogo, ao tempo que a Inglaterra não viu ser validado um golo, da autoria de Lampard, em que a bola esteve claramente dentro da baliza.
Todos sabemos que o erro faz parte do jogo, mas numa competição com a solenidade e relevância do Mundial estas situações são inadmissíveis. Nem sequer o puro amadorismo pode explicar o que se passou, nos jogos de ontem.
Tudo isto levanta, de novo, a questão da utilização das novas tecnologias no futebol...
Não percebo a intrasigência dos órgãos competentes quanto a esta medida. À imagem de outros desportos, porque é que o árbitro de um jogo de futebol não pode recorrer a imagens, através do seu quarto árbitro? Porque é que não existe um chip na bola, que indique quando esta entra na baliza? Porque é que não se facilita a vida ao árbitro, no fundo?
Durante dois anos fui árbitro de futebol e sei, por experiência, a preciosa ajuda que qualquer novo mecanismo traz à justiça desportiva. E se é certo que muitas vezes um erro passa despercebido, também é certo que tantas outras vezes é determinante para o resultado final.
Aguardemos que a FIFA fique sensibilizada com o que se passou ontem. Eu cá fiquei chocado.